terça-feira, 3 de novembro de 2009

3 meses

Após uma longa ausência (1 mês de semi-férias, 1 mês a recuperar o trabalho que não foi feito nas semi-férias e mais um mês a meio gas por doença relacionada com o excesso de trabalho aliado ao pouco sono) creio que estou finalmente recuperado.
Por isso nada como voltar à carga.

Deixo-vos uma pergunta:

Vêm-se a fazer alguma outra coisa que não seja desenhar/pintar/design'ar?

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O "concurso" - parte II

Num mundo perfeito, todas as pessoas seriam competentes nas suas funções, garantindo não só o lucro para a empresa para a qual trabalham como também o bem-estar, a justa e atempada remuneração e dignidade dos seus colaboradores, regulares ou não.

Mas o mundo não é perfeito.

Enquanto freelancers, a única coisa que realmente oferecemos são soluções que se afigurem como mais-valias para o negócio do cliente. Tudo o resto é cosmética.

Um colega de profissão rejeitou recentemente um trabalho.
Apesar de ter um portfolio na net, o cliente insistia em reunir para avaliar o trabalho deste ao vivo, apesar da distância ser considerável, sem ter ainda adjudicado o trabalho.
E provavelmente o cliente iria pedir uma "prova" ao vivo, para ver quanto tempo demora a realizar o trabalho, juntar vários candidatos para que a pressão da concorrência leve a baixar o preço, um sem-fim de manobras com o único intuito de fazer baixar o custo.
No fundo, um "concurso".

É aqui que um bom freelance se demarca.

Compreende que este género de cliente está tão focado no custo que provavelmente está a descurar outras caracteristicas do trabalho. Provavelmente sempre trabalhou assim, e como funciona, estaciona na sua zona de conforto e não evolui dali.
Provavelmente o freelancer também tem o seu método, que levou anos a desenvolver, e também se sente mal quando lhe pedem para sair da sua zona de conforto.
Mas o freelancer é antes de tudo um bom profissional.
E ainda antes de recusar, tenta compreender qual é o problema.

O problema nunca é o dinheiro.

O custo é importante, mas o profissionalismo, a qualidade, a boa impressão que se deixa, o fazer com que o cliente final queira voltar a trabalhar com o nosso cliente, tudo isto são mais-valias que o cliente provavelmente descura por via do automatismo.
Mas sem saber exactamente qual é o problema, não é possível apresentar uma solução.

Que fazer então?

Perguntar. Saber exactamente porque é que a empresa funciona daquela maneira, e porque é que aquele método funciona para eles.
Verificar que partes de um bom serviço é que o cliente está a perder com o seu método, e então apresentar a nossa solução.

Podemos sempre desistir e achar que o cliente é um malandro, um chico-esperto, que só pensa no dinheiro-algo que ele está no direito de ser-, mas se não estamos a oferecer uma solução para um problema que se torne numa mais-valia para o cliente, não estamos a trazer beneficio a nenhuma das partes.

Gostava de ouvir as vossas histórias de como deram a volta por cima com problemas destes.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Links parte 1

Hoje deixo-vos aqui os primeiros links para blogs/sites/etc sobre a actividade freelance.

O primeiro é o Freelanceswitch.
Este site é um manancial de informação útil.
Tem uma série de artigos habilmente distribuidos por zonas de acção, um fórum, uma tira cómica, um podcast com profissionais que partilham as suas experiências, job boards e um sem-fim de links úteis tanto para informação como para ferramentas de trabalho.
Vale bem a pena seguir.

Na mesma onda temos o Freelancefolder.
Com um conteúdo mais "prático", também inclui artigos sobre marketing, inspiração, productividade, etc.

Para terminar por hoje há ainda o WebWorkerDaily.
Mais virado para quem usa a internet como ferramenta de trabalho, freelancer ou não, tem informação sobre a importância das redes sociais e como lidar com elas, uma biblioteca enorme e novidades sobre aplicações web que vão surgindo.

Vou pondo a lista ali ao lado para que possam ter acesso directo aos sites.

Que sites é que seguem?
Deixem as vossas sugestões de links.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O "concurso"

O "concurso" está na moda.
O cliente quer editar um livro ilustrado.
Trata então de contactar uma série de ilustradores para que façam duas ou três ilustrações com base no texto, de modo a que o autor possa avaliar como irá ficar o produto final e escolher o ilustrador que mais lhe agradar.
Apenas não quer pagar nada por este trabalho inicial.
O vencedor ganha a possibilidade de ilustrar o livro, nos preços e dentro dos prazos definidos pelo cliente, e perde todos os direitos sobre as imagens.
Curiosamente, os valores oferecidos por este género de clientes são, regra geral, abaixo do valor médio de uma ilustração.

Então qual é a vantagem?
Nenhuma.

Isto é conhecido por "spec work", e traz à tona uma discussão acesa que se gerou com o evento do acesso generalizado a ferramentas profissionais. Mas o pincel não faz o artista, ou faz?
Além do mais, não é senão natural que o cliente queira uma garantia de que o produto final que obtem é exactamente aquilo que pretende. Mas se eu vou avançar com uma proposta, e no final o que ganho é menos que o que cobraria a um cliente normal, onde é que eu recupero o risco dessa proposta?

Como disse, a discussão sobre a legitimidade e justiça deste género de "concurso" está ainda muito acesa no meio profissional, e no fundo creio que caberá a cada um decidir por si se precisa mesmo de se sujeitar a este género de condições, e o mercado tratará de dar ou não continuidade a este género de propostas.

E é aqui que entra o objectivo deste post.
Dizer "não, obrigado".

Dizer não a uma proposta destas é dificil.
Principalmente porque qualquer ilustrador profissional fica legitimamente ofendido, e não é fácil ser-se diplomático quando alguém mexe com os nossos sentimentos.

Para dar alguma ajuda, elaborei uma carta que partilho convosco, que podem livremente alterar, adaptar e usar como vossa.
Tenta ser profissional, equilibrada e diplomática, faz saber ao cliente o nosso propósito enquanto profissionais e ajuda a aliviar um bocadinho aquele sentimento de que estão a desvalorizar o nosso trabalho.


O que acham? É uma boa alternativa? Funciona? Como podemos melhorar a carta?

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A relação cliente/freelancer no mundo real

Não me canso de ver este filme. Creio que já as ouvi todas.
Fica aqui um momento de humor porque isto a vida não é só chatices.


terça-feira, 28 de julho de 2009

O preço pelo pacote

Não é incomum que um cliente que encomenda um trabalho grande peça um "desconto especial" por estar a dar muito trabalho.
Mas talvez seja um erro para o freelance aceitar fazer o desconto.

O que é que está em causa aqui?

Primeiro que tudo o desconhecimento jusificável por parte do cliente do processo de trabalho de um freelancer.
O que seria natural para qualquer empresa, uma vez que ao aumentarem a produção reduzem o custo por peça e não é senão natural que façam esse desconto, não se verifica para o freelancer. Este é uma pessoa só a trabalhar e não consegue reduzir custos apenas pelo facto de ter mais trabalho.
Antes pelo contrário, a dedicação exclusiva a um único trabalho, algo a que um freelance não está normalmente habituado, vai requerer um esforço suplementar para manter a dedicação e qualidade ao longo da obra.

Em segundo lugar, está a visibilidade. Um trabalho grande implica normalmente um periodo longo de ausência do mercado de trabalho. E a visibilidade é um factor essencial para que um freelancer tenha trabalho. Ninguém dá trabalho a quem já esqueceu.

Em terceiro lugar está a disponíbilidade. Se o freelancer pega num trabalho grande, há sempre uma forte probabilidade de ter que dizer "não" a novos clientes ou pior, a um cliente que gostou do trabalho dele e quer mais. Não atender esses clientes implica não só deitar por terra todo o trabalho que se teve a fidelizar o cliente como se corre o risco de o cliente depois de ter experimentado outro colega, não recorra mais aos nossos serviços, porque as pessoas de um modo natural oferecem alguma resistência à mudança.

Considerando estes factores, de repente um trabalho grande poderá até ficar mais caro.

Por isso o ideal nestas situações é conversar sobre estas questões préviamente com o cliente, para que haja alguma abertura para particionar o trabalho, negociando os prazos a cada tranche.

Isto permite não só alguma respiração entre fases como um melhor agendamento do trabalho, que permita ao freelancer cumprir com prazos e qualidade.

Como é que vocês negoceiam os vossos "descontos"?

sábado, 18 de julho de 2009

Quando somos arrastados para um prazo impossível...

Acontece de tempos a tempos.
O cliente pede um orçamento para um trabalho que deverá estar pronto daí a um mês.
O trabalho é coisa para durar 2 semanas, mais uma de margem de segurança, e avançamos uma data de entrega para daí a 3 semanas.
Mas o cliente demora uma eternidade a responder.
Quando finalmente responde, duas semanas se passaram. Entretanto aceitámos novos trabalhos que vieram preencher a nossa agenda, e não só ficamos apenas com duas semanas para fazer o trabalho como ainda por cima dessas duas semanas, metade do tempo já está agendado para outros trabalhos.
Depois vêm as directas, a desmotivação pelo cansaço, a inerente perda de qualidade. Ocasionalmente lá se consegue negociar a entrega de sexta para segunda seguinte e passamos o fim de semana a trabalhar, mas deixamos uma má impressão no cliente (afinal fomos nós que indicámos aquela data originalmente...).

Isto já sem contar com a lei de Murphy em que ficamos sem computador/internet/capacidade de trabalhar por algum motivo. O artista não é uma empresa, em que se um trabalhador adoecer outro toma o seu lugar. O cliente espera que o trabalho seja feito por uma pessoa concreta.

Então como lidar com esta situação se nos deixarmos arrastar para ela?

A primeira coisa a fazer é contactar o cliente.
Nada de "ah, mas...", nada de choradinhos.
Há que ser profissional e honesto e explicar ao cliente que a estimativa foi feita com base na aprovação imediata e que contemplava um determinado prazo para o trabalho.
Que como é natural um profissional liberal não pode ficar à espera que um cliente se decida por um orçamento, e como é natural aceitou novos trabalhos. Explicar bem como está neste momento a agenda, qual a disponíbilidade e qual o menor prazo em que conseguimos entregar um trabalho de qualidade.
Muito provavelmente o cliente já deu um prazo com margem de segurança.

O próximo passo é aprender com o erro.
Em cada orçamento enviado, estipular apenas o tempo previsto de execução, nada de datas. Demora 2 dias, demora 3 semanas. Isto permite ao cliente saber quando pode contar com o trabalho após a adjudicação.
Explicar bem que esse prazo é uma estimativa e que o prazo final só será indicado após a adjudicação, porque no hiato de tempo em que o orçamento foi entregue e o cliente respondeu podem ter surgido trabalhos que vêm preencher a agenda. Normalmente é boa política dar um prazo de validade ao orçamento, não só para salvaguardar a disponíbilidade mas também para fazer alguma pressão para que o cliente se decida.

Na eventualidade de realmente cair um trabalho que requer resposta urgente dentro do prazo de validade do orçamento, informar de imediato o cliente das novas condições. Qual a nova disponíbilidade de agenda e em que prazo conseguimos razoávelmente entregar o trabalho.

E finalmente se não der para cumprir com o prazo pedido pelo cliente, declinar graciosamente o trabalho. É duro, mas mais vale dizer que não a não cumprir com um prazo. Afinal um freelancer vive da sua reputação.

E vocês, já se deixaram arrastar para situações destas?
Partilhem as vossas experiências com prazos loucos.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Quanto cobrar?

A grande pergunta que oiço de gente jovem que se inicia nas lides do freelance:
-"Quanto é que devo cobrar por determinado trabalho?"

Mesmo entre os profissionais estabelecidos, esta pergunta não tem uma resposta fácil. Há sempre o medo de cobrar acima dos valores de mercado e assustar o cliente ou de cobrar abaixo e não só perder dinheiro como demorar uma eternidade até se conseguir cobrar um valor justo porque ficamos "marcados" por aquela bitola.
Alguns grupos partilham tabelas para terem uma ideia do que cada um cobra e não queimarem o mercado, oferecendo valores demasiado baixos.

Apesar de o valor de um trabalho estar directamente dependente da qualidade, experiência e nome na praça de um profissional, as bases com que devemos calcular o nosso valor são as mesmas.

Primeiro: saber quanto tenho que fazer para sobreviver.
Isto implica pagar as contas correntes(renda, agua, gas, luz, alimentação, etc.), o equipamento e software, formação e gastos ocasionais.
Portanto a base do valor/hora abaixo da qual perdemos dinheiro a trabalhar, a que os anglófonos chamam "break-even", é fácil de calcular. Somem as despesas correntes do mês, dividam por 176 horas (22 dias úteis a 8 horas de trabalho por dia) e têm o valor que precisam de cobrar por hora só para sobreviverem.
Daqui é relativamente simples fazer uma estimativa do tempo que vai demorar a fazer um trabalho e calcular o seu valor base.
Segundo: o lucro.
É aqui que a coisa complica. Um principiante poderá estar interessado em abdicar de algum lucro para construir primeiro uma carteira de clientes. Mas como dizer passado algum tempo a esses clientes que o trabalho que vêm fazendo por aquele valor passou a ser mais caro?
Como afastar o estigma do "artista baratinho"?
Pessoalmente, qualquer empresa só existe para ter lucro, portanto porque não o fará um profissional liberal?
O processo é o mesmo para calcular o lucro: estimar o quanto gostariamos de ter ao final do mês, distribuir pelas horas de trabalho e acrescentar ao valor/hora.
Os ilustradores costumam chamar a este valor acrescentado a "licença de reprodução".
A execução do trabalho faz o break-even, mas o cliente não quer o desenho para pendurar na parede, quer fazer dinheiro com ele, publicar. Portanto, é apenas justo que o ilustrador também tenha lucro. Como o lucro que o cliente vai ter depende muito do tipo de publicação que vai dar ao trabalho, uma licença de reprodução, que tem em conta coisas como o uso, a àrea de cobertura, a duração, a tiragem e as edições, torna-se um acrescento justo ao valor base, porque leva em conta o potencial de lucro que o cliente vai ter.
É claro, isto partindo sempre do principio que o valor inicial do vosso lucro mensal é realista, mas se olharem para as vossas despesas comuns não terão dificuldade em encontrar um valor adequado.

Qual é o vosso processo de calcular quanto cobrar a um cliente?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O que os clientes dizem e o que realmente querem dizer ...

"É um trabalho de caridade."
Todos os envolvidos vão ser pagos menos tu - a grafica, o designer, o angariador de fundos e até o puto que vai distribuir as coisas.

"Vai ser uma boa maneira de te expores."
Tal como passear na cova da moura com um cartaz que diz "odeio pretos".

"Vais compensar o vencimento com os próximos trabalhos."
Mas não connosco, nos vamos evitar-te depois disto.

"Só vai ser usado na net."
Onde vai estar durante anos e ser visto e feito download por milhares de pessoas, para meu benificio, mas tu não vais ganhar nada com isso.

"É para fins educacionais."
Vais aprender uma lição.

"Parece fantastico, mas queremos algumas mudançazinhas."
A secretária do patrão rabiscou umas tretas e queremos que fique parecido com aquilo.

"A nossa revista não é uma públicação comercial".
Vende 40,000 copias por semana e mesmo assim não queremos pagar aos talentos.

"Faz qualquer coisa rápida."
Mas se não ficar fantastico vais ouvir criticas à brava.

"Faz qualquer coisa simples."
Qualquer imbecil consegue fazer isso, por isso é que te escolhemos a ti.

"Não posso pagar muito."
Mas não quero que pareça barato.

"Entraremos em contacto consigo."
Encontramos um sem-abrigo disposto a fazer o trabalho por uma garrafa de camilo alves.

"Podes começar o mais rápido possivel?"
Tivemos o trabalho aqui pendurado durante semanas, mas agora o problema é teu.

"Temos alguma urgência."
Já temos o trabalho aqui há 3 semanas, mas o sobrinho da secretaria do patrão passou esse tempo a rabiscar umas tretas que o patrão odiou.

"Como o cartoon só será utilizado dentro da empresa, sai mais barato?"
Esqueci-me de referir que a empresa é uma multinacional com mais de 100.000 trabalhadores.

"Não percas muito tempo com isso."
Trabalha a noite toda, mas cobra-me só 5 minutos.

"Isto pode significar mais trabalho para si junto da nossa empresa."
Temos uma vaga excelente para senhora da limpeza que paga menos que o ordenado minimo.

"Gostaria de lhe enviar um exemplar como prova da nossa gratidão".
Um belo pisa papéis para as contas por pagar.

"Devido á crise económica não será possivel continuarmos a usufruir dos seus serviços na nossa publicação."
Em vez de diminuir o meu bónus anual e baixar a gama do carro, tu vais ser o bode expiatorio.

"Consegues realmente viver disso?"
Não devias estar a morrer á fome e a viver na rua?

"O cheque está no correio."
Virtualmente.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Por onde começar

Bem, por onde começar um blog sobre isto de ser "artista" e trabalhar por conta própria?
Talvez por responder à velha questão:
"Será que eu dava um freelancer?".

No meu ver, qualquer pessoa pode ser freelancer. É certo que exige algumas caracteristicas especificas de personalidade, mas com a fragilidade do actual mercado de trabalho o mais normal é que mesmo o trabalhador por conta de outrém as ande a desenvolver, se quer manter o emprego.

Para começar a pessoa deve ter alguns requisitos práticos, como ter um local para trabalhar, ter tempo para o fazer, ter um minimo de conhecimento de como se gere um negócio (finanças, contacto com clientes, registos, etc), ter um minimo de conhecimentos de networking, para se fazer chegar ao cliente e vice-versa, e finalmente e o mais importante, ter algo para oferecer que os outros queiram.
Se o que oferecem tem mercado é um assunto que deixaremos para depois.

Ora cumprindo estes requisitos, que são de ordem mais prática, o resto é uma questão de personalidade. Deve existir alguma capacidade de organização e comunicação, a pessoa deve ser capaz de se auto-promover, deve estar disposta a trabalhar no duro (a maioria das vezes o freelance é um trabalho duro. Tem as suas vantagens, mas a ligeireza não é uma delas) e principalmente deve possuir a tão falada auto-disciplina.
Caramba, isto parece o mais dificil!
Mas muitos trabalhadores já possuem estas caracteristicas. Talvez o motivo porque as tiveram que desenvolver não seja o mais agradável, mas o facto é que 90% da população é capaz de se levantar à mesma hora para ir trabalhar sem que o patrão tenha que ligar a perguntar se já acordou. Isto já de si exige uma grande auto-disciplina.

Voltando à pergunta, depois desta lista enorme de pré-requisitos, a resposta pode não parecer tão fácil. Mas eu creio que grande parte dos defeitos funcionais do trabalhador por conta de outrém de devem precisamente ao facto de não estarem a fazer por si próprios. O freelance continua a ter patrão que passa o cheque, muda é a cada trabalho. Continua a ter que se levantar áquela hora, a hora é que pode mudar todos os dias. E no final, o ordenado no banco e o tempo para o disfrutar são as duas grandes mais-valias deste modo de vida. Isso e fazer o que se gosta, que dá uma grande ajuda.

E vocês, acham que qualquer pessoa que se predisponha pode ser freelance?